A fonoaudiologia permeada pelos princípios da Análise do Comportamento Aplicada apresenta grandes resultados, pois exerce um papel importantíssimo na intervenção em crianças com atraso no neurodesenvolvimento, principalmente, em relação ao desenvolvimento da fala, linguagem e comunicação, que constituem uma das principais queixas e ansiedade dos seus pais, pois é um dos entraves na socialização e interação com seus pares.
Por isso, o fonoaudiológo comportamental trabalhará objetivando o desenvolvimento das habilidades necessárias para o desenvolvimento da linguagem oral como, por exemplo, dos comportamentos não verbais comunicativos (apontar, contato visual, postura e expressão facial) a tríade atencional, imitação, troca de turno, brincar funcional, entre outros, visto que a fala não se constitui somente ao ato do falar (fonação), mas nas linguagens compreensiva e expressiva, para que esta fala seja funcional, possibilitando que o mesmo desenvolva a comunicação, que diz respeito ao uso funcional e social da linguagem (uso da pragmática).
Além do atraso na fala e/ou dificuldade de pragmática, podem apresentar alterações em motricidade orofacial, seletividade alimentar que impacta negativamente nas funções estomatognáticas (respiração, sucção, mastigação, deglutição e mastigação), bem como na hipersensibilidade auditiva e /ou vestibular.
Ressalta-se que este profissional, quando qualificado e certificado, pode utilizar o PEC’S – Picture Exchange Communication System – com as crianças que possuem comunicação restrita ou ausente, por fazer parte do Programa de Comunicação Aumentativa Alternativa e/ou suplementar e seguir a mesma vertente do ABA/Denver.

Referências: Conselho de Fonoaudiologia (CREFONO); Transtorno do Espectro Autista: Orientação Técnica para Terapias.